sexta-feira, 30 de julho de 2010

GRAVIDEZ PSICOLOGICA



O que é?
Em linhas gerais, a gravidez psicológica é uma fantasia delirante. "A mulher acredita que está grávida e a ‘prova de realidade’ (a confirmação médica de que não existe bebê algum) não tem nenhum valor para ela", diz a psicanalista Eliane Pessoa de Farias, coordenadora da Clínica Pais-bebê, da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. "Mas quero lembrar que esta gravidez não é uma mentira para ela, ou seja, ela pensa de verdade que está esperando um bebê e o seu corpo confirma", acrescenta.

A resposta do corpo
Por mais incrível que pareça, a mulher que vive uma gravidez imaginária pode sentir na pele o mesmo que sentem as futuras mães de verdade. "A mente é muito forte. A gravidez psicológica tem origem mental, mas o corpo responde", diz a psicanalista. Como? "Muitas sentem enjôo, têm desejos, apresentam crescimento do abdômen e dos seios, e, em alguns casos raros, é possível até produzirem leite", afirma a ginecologista e obstetra Rosele Jobst, do Hospital Universitário Antônio Pedro, em Niterói, e da Secretaria Municipal de Saúde do Rio. O aumento da barriga, neste caso, fica por conta da comilança. "Como elas acham que estão grávidas, pensam que deve comer por dois. O que acontece é o acúmulo de gordura no abdômen e nos seios. Além disso, muitas confundem os gases e movimentos naturais do intestino com o bebê se mexendo no útero”, acrescenta a médica.

Por que isso acontece?
De acordo com a psicanalista Eliane Farias, dificilmente a gravidez psicológica acontece por uma única razão. “Cada pessoa reage aos problemas de uma maneira particular e qualquer transtorno psicológico tem diversas causas”, diz. Baixa auto-estima, sentimentos de rivalidade intensa, insegurança, baixa capacidade de lidar com as frustrações, além de um forte desejo de ter um filho são algumas delas. Muitas mulheres ainda se sentem pressionadas pelo marido e pela família e a ter um filho podem acabar gerando um bebê de mentira. "Também há situações em que a mulher quer garantir a estabilidade do relacionamento e pensa que um filho é a solução, como no caso da Simone", acrescenta Rosele Jobst.

Na linha de frente
Quem são as mulheres mais propensas a desenvolver uma gravidez psicológica? Apesar de o problema também surgir em mulheres jovens, como na novela, a obstetra afirma que é mais comum isso acontecer com pessoas mais velhas, próximas à menopausa, inférteis e com distúrbios hormonais que interferem na menstruação.

Até quando vai a farsa?
Tanto a obstetra quanto a psicanalista afirmam que é possível a mulher acreditar na mentira de que vai ser mãe até chegar a hora do “parto”. "Há seis meses, uma moça de 22 anos chegou ao hospital onde trabalho, como a barriga enorme, dizendo que estava em trabalho de parto”, conta Rosele Jobst. “Mas o simples exame ginecológico revelou a falsa gravidez. Ela chegou a apresentar um cartão de pré-natal falsificado, com datas de consulta e informações sobre o feto. Estava até com o enxoval comprado”, lembra a médica. Mas geralmente, logo nas primeiras consultas e diante do resultado de exames, qualquer médico minimamente competente descobre que sua paciente não está grávida. "Neste caso, a mulher procura outro médico, que irá lhe falar o mesmo. Mas como ela não acredita no que ouve, procura uma série de profissionais até se dar conta da verdade”, afirma a ginecologista.

A hora da verdade
Mas como se sentem as mulheres que, de repente, descobrem que o bebê que tanto esperavam não existe? "São variáveis as reações. Algumas mulheres até sentem alívio quando descobrem que não estão grávidas, mas em geral a reação é de susto e de decepção", afirma Rosele Jobst.

Carinho e terapia
A ginecologista Rosele Jobst e a psicanalista Eliane Farias afirmam que é a psicoterapia o tratamento possível para curar a “falsa gravidez”. “Em geral, essas mulheres não procuram ajuda psicológica, pois se procurarem o terapeuta estarão admitindo que não tem o bebê”, afirma. "Por isso, é essencial o apoio da família, antes e após a aceitação do fato. E, tão importante quanto aceitar a realidade de que não está grávida, é ter certeza de que ela não precisa de um filho para se sentir amada".



POSTADO POR:EDGLER C.

ESQUIZOFRENIA


É um transtorno psíquico severo que se caracteriza classicamente pelos seguintes sintomas: alterações do pensamento, alucinações (visuais, cinestésicas, e sobretudo auditivas), delírios e alterações no contato com a realidade. Junto da paranoia (transtorno delirante persistente, na CID-10) e dos transtornos graves do humor (a antiga psicose maníaco-depressiva, hoje fragmentada na CID-10 em episódio maníaco, episódio depressivo grave e transtorno bipolar), as esquizofrenias compõem o grupo das Psicoses

É hoje encarada não como doença, no sentido clássico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo atingir diversos tipos de pessoas, sem exclusão de grupos ou classes sociais.
Sintomas.
A esquizofrenia, talvez a psicopatologia de maior comprometimento ao longo da vida, se caracteriza essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente um transtorno que afeta os processos cognitivos[de conhecimento], os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções.

Os sintomas da esquizofrenia podem não ser os mesmos de indivíduo para indivíduo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea

Causas
Não existe uma causa única para o desencadear deste transtorno. Assim como o prognóstico é incerto para muitos quadros, a etiologia das psicoses, principalmente da esquizofrenia, é incerta, ou melhor, de causação multifatorial. Admite-se hoje que várias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicológico (consciente e inconsciente); o ambiente; histórico familiar da doença e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de substâncias psicoativas poderem ser responsáveis pelo desencadeamento de surtos e afloração de quadros psicóticos.


Tipos de esquizofrenia
O diagnóstico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, não se pode efetuar através da análise de parâmetros fisiológicos ou bioquímicos, e resulta apenas da observação clínica cuidadosa das manifestações do transtorno ao longo do tempo. Aquando do diagnóstico, é importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, alterações metabólicas). O diagnóstico da esquizofrenia é por vezes difícil.

Para além do diagnóstico, é importante que o profissional identifique qual é o subtipo de esquizofrenia em que o doente se encontra. Atualmente, segundo o DSM IV, existem cinco tipos:

Paranóide, é a forma que mais facilmente é identificada com a doença, predominando os sintomas positivos. O quadro clínico é dominado por um delírio paranóide relativamente bem organizado. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.
Desorganizado, em que os sintomas afectivos e as alterações do pensamento são predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, não são organizadas. Alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito pobre com a realidade.
Catatónico, é caracterizada pelo predomínio de sintomas motores e por alterações da actividade, que podem ir desde um estado de cansaço e acinético até à excitação.
Indiferenciado, apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminuição no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferença relativamente ao mundo exterior.
Residual, nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afectivo e uma pobreza ao nível do conteúdo do pensamento.





postado por:Edgler C.