terça-feira, 22 de junho de 2010

DIABETES MELLITUS







CONCEITO

O DM é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. As conseqüências do DM a longo prazo incluem danos, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Com freqüência os sintomas clássicos ( perda inexplicada de peso , polidipsia e poliúria ) estão ausentes, porém poderá existir hiperglicemia de grau suficiente para causar alterações funcionais ou patológicas por um longo período antes que o diagnóstico seja estabelecido. Antes do surgimento de hiperglicemia mantida, acompanhada do quadro clínico clássico do DM, a síndrome diabética passa por um estágio de distúrbio do metabolismo da glicose, caracterizado por valores glicêmicos situados entre a normalidade e a faixa diabética.


IMPORTÂNCIA


O DM é um importante problema de saúde pública uma vez que é frequente, está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações. Medidas de prevenção do DM assim como das complicações são eficazes em reduzir o impacto desfavorável sobre morbimortalidade destes pacientes. Tal impacto pode ser avaliado através de dados obtidos de fontes do Ministério da Saúde, levantamentos regionais e de outras associações:
• Diabetes mellitus como o diagnóstico primário de internação hospitalar aparece como a sexta causa mais frequente e contribui de forma significativa (30% a 50%) para outras causas como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, colecistopatias, acidente vascular cerebral e hipertensão arterial;
• Pacientes diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que internam de Unidades Coronarianas Intensivas com dor precordial;
• Diabetes é a principal causa de amputações de membros inferiores;
• É também, a principal causa de cegueira adquirida;
• Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são diabéticos.



CLASSIFICAÇÃO


A classificação atualmente recomendada, apresentada no quadro 1, incorpora o conceito de estágios clínicos do DM, desde a normalidade, passando para a tolerância à glicose diminuída e/ou glicemia de jejum alterada, até o DM propriamente dito. A nova classificação baseia-se na etiologia do DM, eliminando os termos “diabetes mellitus insulino-dependente” (IDDM) e “não insulino-dependente” (NIDDM) e esclarece que:


• O DM tipo 1 resulta primeiramente da destruição da células beta pancreáticas e tem tendência a cetoacidose. Inclui casos decorrentes de doença auto-imune e aqueles nos quais a causa da destruição das células beta não é conhecida;
• O DM tipo 2 resulta, em geral, de graus variáveis de resistência à insulina e deficiência relativa de secreção de insulina. A maioria dos pacientes tem excesso de peso e a cetoacidose ocorre apenas em situações especiais, como durante infecções graves;
• A categoria “outros tipos de DM” contém várias formas de DM, decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou com uso de fármacos diabetogênicos;
• O DM gestacional é a diminuição de tolerância à glicose, de magnitude variável, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Abrange os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída detectados na gravidez;
• Os estágios do DM ocorrem em todos os tipos, sendo que no tipo 1 o período de tempo entre estágios e mais curto.


CLASSIFICAÇÃO DO DIABETES MELLITUS


• Tipo 1: destruição da célula beta, geralmente ocasionando deficiência absoluta de insulina, de natureza auto-imune ou idiopática.

• Tipo 2 : varia de uma predominância de resistência insulínica com relativa deficiência de insulina, a um defeito predominantemente secretório, com ou sem resistência insulínica.

• Outros tipos específicos:
- defeitos genéticos funcionais de célula beta;
- defeitos genéticos na ação da insulina;
- doenças do pâncreas exócrino;
- endocrinopatias;
- induzidos por fármacos e agentes químicos;
- infecções;
- formas incomuns de diabetes imuno-mediado;
- outras síndromes genéticas geralmente associadas a diabetes.



Postado por: Maria Solange

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