quarta-feira, 5 de maio de 2010

Características gerais dos vírus


Convivemos com os vírus desde que nascemos. Ao longo da vida, nosso corpo é invadido por diferentes tipos de vírus, que penetram em nossas células e as utilizam para se multiplicar, em geral matando-as. Quando contraímos gripe, por exemplo, é a multiplicação dos vírus de gripe dentro das células de vários órgãos que causa os sintomas da doença: dores no corpo, febre, cansaço etc. Certas células do corpo humano têm vírus em estado de latência, que tanto podem permanecer em repouso durante toda a vida da pessoa quanto se multiplicar em certas situações, causando os sintomas da infecção viral.

Os vírus são agentes infecciosos microscópicos, com tamanho entre 20 e 300 nm, constituídos por ácido nucléico e proteínas. Ao contrário de todos os seres vivos, eles não apresentam organização celular. Todos os vírus são parasitas intracelulares e atacam células de diferentes organismos: bactérias, protoctistas, fungos, plantas e animais. Quando estão fora das células hospedeiras adequadas, os vírus não se multiplicam nem apresentam nenhum tipo de atividade metabólica. Por essa razão, alguns cientistas não incluem os vírus entre os seres vivos, considerando-os sistemas moleculares auto-replicativo não-vivos. Para outros biólogos, os vírus são a forma de vida mais simples que existe. Mesmo os que não incluem os vírus entre os seres vivos concordam que eles são sistemas biológicos, uma vez que possuem ácidos nucléicos e utilizam o mesmo sistema de codificação genética que todas as formas de vida conhecidas.


Embora tenham material genético, os vírus não apresentam a complexa maquinaria bioquímica necessária para traduzir as instruções nele codificadas. Todos os vírus são, assim, parasitas intracelulares obrigatórios, atuando como verdadeiros “piratas de células”. A célula invadida por um vírus passa a trabalhar quase exclusivamente na produção de novos vírus. A infecção viral, como profundas alterações no metabolismo celular, geralmente levando à morte da célula.

Certos vírus podem causar tantas alterações nas células hospedeiras que estas passam a se dividir sem controle, originando tumores. Apesar de a maioria dos vírus ser prejudicial, alguns deles podem ser usados em benefício da humanidade. Grande parte dos projetos de geneterapia, cujo objetivo é curar doenças genéticas substituindo genes alterados por genes normais, baseia-se no uso de vírus geneticamente modificados, que transportariam genes normais para dentro das células doentes. Estuda-se também a possibilidade de utilizar vírus que atacam bactérias (bacteriófagos) para combater infecções bacterianas resistentes ao tratamento com antibióticos.


Referência: Martho, Amabis. Biologia dos Organismos, vol.2, 2ª edição, São Paulo, 2004.

Postado por: Mayara Amanda de Oliveira

Um comentário:

  1. otimo!!!!!!parabens pelo seu conhecimento e pela maneira exelente de passa-lo.

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